PROJETO 002/09
TÍTULO: NÚMEROS NOTÁVEIS
COORDENADOR: ALEXANDER PEREIRA
ETAPA P-2
TÍTULO: NÚMEROS NOTÁVEIS
COORDENADOR: ALEXANDER PEREIRA
ETAPA P-2
Definição (se possível) da cronologia de surgimento e aplicação do “e”.
O número e e o logaritmo
A 1ª noção do e aparece no estudo dos logaritmos de John Napier (1550-1617). Napier parece ter apresentado o valor de
O número e e o logaritmo
A 1ª noção do e aparece no estudo dos logaritmos de John Napier (1550-1617). Napier parece ter apresentado o valor de
para
que é aproximadamente
Num apêndice, provavelmente escrito por William Oughtred (1574-1660), de uma tradução do trabalho de Napier feita por Edward Wright (1618) aparece o valor

Esta parece ser a 1ª aparição do e no cenário matemático.
Em 1624, o e esteve para voltar ao cenário matemático quando Briggs apresentou uma aproximação numérica do logaritmo de e na base 10; porém fez isso sem mencionar o e.
O número e e a hipérbole retangular
Em 1647, Gregorius de Saint-Vicent (1584 – 1667) ao calcular a área sob uma hipérbole retangular, provavelmente se deparou com o número e, porém não se tem certeza se ele fez a conexão entre a hipérbole retangular e os logaritmos, já que não haviam razões práticas para que fosse estabelecida esta conexão.
Finalmente, em 1661, Christiaan Huygens (1629 – 1695) compreendeu a relação entre a área sob a hipérbole
Em 1624, o e esteve para voltar ao cenário matemático quando Briggs apresentou uma aproximação numérica do logaritmo de e na base 10; porém fez isso sem mencionar o e.
O número e e a hipérbole retangular
Em 1647, Gregorius de Saint-Vicent (1584 – 1667) ao calcular a área sob uma hipérbole retangular, provavelmente se deparou com o número e, porém não se tem certeza se ele fez a conexão entre a hipérbole retangular e os logaritmos, já que não haviam razões práticas para que fosse estabelecida esta conexão.
Finalmente, em 1661, Christiaan Huygens (1629 – 1695) compreendeu a relação entre a área sob a hipérbole
e os logaritmos. O número e é tal que a área sob a hipérbole, entre 1 e e é igual a 1. Ainda neste ano, Huygens definiu uma curva que chamou de “logarítmica”, mas que na terminologia moderna seria “curva exponencial”. Esta curva estava associada a funções do tipo
Com essa curva, ele apresentou um valor para o logaritmo decimal de e com 17 casas decimais. Porém, este valor foi apresentado como uma constante e não como o logaritmo de um número, adiando o reconhecimento de e.Em 1668, Nicolaus Mercátor (1620 – 1687) publica Logarithmotechnia, onde aparece a expansão em séries de
Pela primeira vez, é utilizado o termo “logaritmo natural”. Mais uma vez, o e não é apresentado de forma explícita.O número e e os juros compostos
Jacob (Jacques) Bernoulli (1654 – 1705) apresentou o que é considerado a primeira definição de e: um número entre 2 e 3 que é resultado de
quando n tende ao infinito. Este valor está ligado a um problema de juros compostos com capitalização “instantânea”. Esta definição, curiosamente, não está relacionada aos trabalhos sobre logaritmos citados anteriormente.A primeira aparição explícita acontece em 1690. Numa carta de Gottfried Wilhelm von Liebniz (1646 – 1716) para Huygens é utilizada a notação b para o nosso atual e.
O número e, Euler e a irracionalidade
Durante o século XVIII, Leonhard Euler (1707-1783) deu uma consistência rigorosa a definição do e. Também é creditado a Euler o batismo deste número como e. Porém, é improvável que ele tenha pensado na inicial do seu sobrenome para representar este curioso número. Esta representação aparece pela primeira vez, em 1731, numa carta de Euler à Christian Goldbach (1690 – 1764).
Ele derivou o desenvolvimento binomial, concluindo, em 1748 no seu Introductio in Analysin infinitorum, que:
Este resultado, Euler verificou que também era a base dos logaritmos hiperbólicos. Euler utilizou a relação
para escrever e com 23 casas decimais.
Em “De fractionibus continuis dissertatio”, 1737, L. Euler demonstrou que o número e tem expansão em frações contínuas simples da forma [1, 0, 1, 1, 2, 1, 1, 4, 1, 1, 6, 1, 1, 8, 1, 1, 10, 1, 1, . . .].
A irracionalidade de e foi demonstrada por Johann Heinrich Lambert (1728 – 1777) em 1761 e mais tarde por Euler.
Em 1815, J.B. Fourier deu uma prova simples da irracionalidade de e por meio de séries.
O número e, casas decimais e transcendência
O primeiro a apresentar o e com um número grande de casas decimais foi William Shanks (1812 – 1882), em 1854. James Whitbread Lee Glaisher (1848 – 1928) mostrou que as 137 primeiras casas do desenvolvimento de Shanks estavam corretas, porém havia um erro. Corrigido este erro, Shanks apresentou o e com 205 casas decimais.
Em 1864, surge uma gravura com Benjamin Peirce (1809 – 1880) em frente a um quadro-negro onde está anotada a fórmula:
Em “De fractionibus continuis dissertatio”, 1737, L. Euler demonstrou que o número e tem expansão em frações contínuas simples da forma [1, 0, 1, 1, 2, 1, 1, 4, 1, 1, 6, 1, 1, 8, 1, 1, 10, 1, 1, . . .].
A irracionalidade de e foi demonstrada por Johann Heinrich Lambert (1728 – 1777) em 1761 e mais tarde por Euler.
Em 1815, J.B. Fourier deu uma prova simples da irracionalidade de e por meio de séries.
O número e, casas decimais e transcendência
O primeiro a apresentar o e com um número grande de casas decimais foi William Shanks (1812 – 1882), em 1854. James Whitbread Lee Glaisher (1848 – 1928) mostrou que as 137 primeiras casas do desenvolvimento de Shanks estavam corretas, porém havia um erro. Corrigido este erro, Shanks apresentou o e com 205 casas decimais.
Em 1864, surge uma gravura com Benjamin Peirce (1809 – 1880) em frente a um quadro-negro onde está anotada a fórmula:
Durante suas aulas, ele dizia para seus alunos que este era um resultado muito importante apesar de não saber exatamente o que significava.
Em 1873, Charles Hermite publica “Sur la fonction exponentielle”, no qual apresenta a prova da transcendência de e. Continua em aberto a prova de transcendência de
Em 1873, Charles Hermite publica “Sur la fonction exponentielle”, no qual apresenta a prova da transcendência de e. Continua em aberto a prova de transcendência de
apesar de nenhum matemático duvidar deste fato.
Em 1884, Boorman calculou e com 346 casas decimais, verificando que seu resultado coincidia com o de Shanks até 187 casas e, depois, variavam. Adams calculou o logaritmo decimal de e com 272 casas decimais, em 1887.
Em 1884, Boorman calculou e com 346 casas decimais, verificando que seu resultado coincidia com o de Shanks até 187 casas e, depois, variavam. Adams calculou o logaritmo decimal de e com 272 casas decimais, em 1887.
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